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‘Existem palavras certas?’: APCL relança campanha que desafia as pessoas a falarem sobre cancro com mais empatia

09 de setembro, 2025
Alcobaça
‘Existem palavras certas?’: APCL relança campanha que desafia as pessoas a falarem sobre cancro com mais empatia
‘Existem palavras certas?’: APCL relança campanha que desafia as pessoas a falarem sobre cancro com mais empatia

O Município de Alcobaça associa-se a esta campanha, iluminando de vermelho (durante o mês de setembro) a Escola Adães Bermudes e os Paços do Concelho, como forma de sensibilização para a temática do cancro do sangue.

 

 

No âmbito do Mês da Sensibilização para os Cancros do Sangue, a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) relança a campanha ‘Existem palavras certas? O sangue que há em mim’, uma campanha que pretende mostrar – a partir das palavras de pessoas com cancros do sangue – qual o impacto da comunicação no percurso da doença e na sua própria vida.

Esta campanha parte da premissa de que o diagnóstico de cancro do sangue gera, muitas vezes, um bloqueio na comunicação, para apresentar diferentes visões desta realidade e procurar pistas para uma comunicação mais eficaz e empática.

Com a APCL desde o primeiro momento tem estado a Johnson & Johnson Innovative Medicine. Há dois anos que as duas entidades têm caminhado no sentido de aprofundar a reflexão sobre o impacto da comunicação no decurso de quem vive com doença hemato-oncológica.

"A resposta que tivemos em 2024 provou que este é um diálogo urgente e necessário," afirma Manuel Abecasis, Presidente da APCL. "Este ano, queremos ir mais longe. Não se trata apenas de encontrar as palavras certas, mas de construir pontes de comunicação que combatam o isolamento. A empatia e a escuta ativa são ferramentas terapêuticas poderosas que toda a comunidade pode oferecer”.

Esta será ainda uma campanha agregadora, reunindo no mesmo objetivo os diversos parceiros e escutando outros públicos, para além da pessoa com cancros do sangue.

“Já ouviu falar de Cancros do Sangue?” será esta a questão central da campanha de 2025, permitindo explorar aspetos tão complexos quanto a credibilidade e o alcance da informação sobre saúde; a literacia sobre cancros do sangue; a importância do momento do diagnóstico; as consequências pessoais e sociais de se viver com uma doença hemato-oncológica; entre outros.

“Os avanços na hematologia têm sido extraordinários, mas a excelência do tratamento não se mede apenas pela inovação terapêutica. A forma como comunicamos o diagnóstico, como explicamos o tratamento e como ouvimos as dúvidas e preocupações do doente é, em si mesma, uma ferramenta terapêutica. A Sociedade Portuguesa de Hematologia apoia esta campanha por ser uma forte aposta na capacitação da sociedade para uma comunicação mais empática e no reforço da rede de suporte do doente, tornando-a uma aliada fundamental no sucesso do tratamento”, reforça Maria Gomes da Silva, Presidente da Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH).

A campanha é lançada no dia 4 de setembro, Dia Mundial da Leucemia, num evento que decorrerá na sede da WPP, em Lisboa, entre as 17h30 e as 19h00, e contará com a mesa-redonda “Literacia em Saúde e Comunicação em Hematologia: O Papel das Campanhas e dos Profissionais de Saúde”, com a participação da Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH), Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP), e Grupo de Estudos de Hematologia da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF). Ao longo deste mês dedicado às doenças hemato-oncológicas, a campanha assinalará outras datas-chave como o Dia Mundial do Linfoma (15/09), o Dia Mundial da Leucemia Mieloide Crónica (22/09) e o Dia Europeu do Mieloma Múltiplo (27/09). A campanha será divulgada no site e redes sociais da APCL (FacebookInstagram; LinkedInYouTube) e seus parceiros.

Reconhecendo que o percurso de alguém com doença oncológica vai muito além da esfera clínica, a campanha desafia-nos a refletir sobre a rede de apoio que rodeia o doente, começando pela forma como se comunica. O seu propósito é defender uma comunicação mais empática e informada, que complemente o tratamento médico com um suporte emocional robusto, fundamental para enfrentar os desafios da doença.

A campanha “Existem Palavras Certas? O Sangue que há em mim!”  concretiza-se graças aos seguintes apoios e parceiros:

  • Apoio: Johnson & Johnson Innovative Medicine / Amgen, AstraZeneca, Novartis, Takeda / Kyowa Kirin, Lilly, Roche, Sebia, Thermo Fisher Scientific / AOP, GSK, Sanofi, Servier.
  • Parceiros Científicos: Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH); Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP), Grupo de Estudos de Hematologia da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).
  • Apoios Institucionais: Câmaras Municipais de Alcobaça, Alijó, Angra do Heroísmo, Barcelos, Batalha, Cascais, Coimbra, Constância, Fafe, Lagoa, Lisboa, Loulé, Marinha Grande, Mértola, Mogadouro, Montemor-o-Velho, Oeiras, Oleiros, Portimão, Porto e Santarém.
  • Parceiros de divulgação: Atlas, El Corte Inglés, JCDecaux, MOP, Time Out

 

Sobre os cancros do sangue

A Organização Mundial de Saúde (OMS) no seu sistema de classificação de tumores hematopoiéticos1 e linfoides2, agrupa estas doenças como “Neoplasias3 hematológicas” ou “neoplasias dos tecidos hematopoiéticos e linfoides”.

A expressão "cancro do sangue" é usada genericamente para indicar que estas doenças:

  • São malignas
  • Afetam o sistema sanguíneo ou imunitário
  • Não formam, em geral, tumores sólidos visíveis.

 

Os cancros do sangue são doenças mais raras e incluem:

Leucemias (agudas e crónicas); Síndromes mielodisplásicas (SMD); Neoplasias mieloproliferativas (NMP), como a mielofibrose, a policitemia vera e a trombocitemia essencial; Linfoma de Hodgkin (LH); Linfoma não Hodgkin (LNH) que inclui o linfoma cutâneo; Mieloma múltiplo (MM), entre outras.

Em Portugal, e de acordo com o Registo Oncológico Nacional (RON), o número total de novos casos de cancro diagnosticados em 2021 foi de 60 717 sendo  5449 tumores hematológicos. Este número representa quase 9% de todos os tumores. Os Linfomas não Hodgkin são os mais frequentes e constituíram o sétimo tipo de cancro mais incidente, com 2 239 novos casos diagnosticados em 2021.

1) referente à produção e desenvolvimento de células sanguíneas.

2) células, tecidos e órgãos do sistema imunitário que contêm predominantemente linfócitos, responsáveis pela defesa do organismo.

3) massa de tecido que resulta do crescimento e divisão celular descontrolados e anormais.

 

 

Sobre a APCL

A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) foi fundada em janeiro de 2002 por iniciativa de um grupo de sobreviventes de patologias do foro hemato-oncológico e de um grupo de médicos do IPO Lisboa que os trataram. A sua principal motivação radicou na compreensão da importância de consciencializar e mobilizar a sociedade civil no apoio a todos os que diariamente lutam contra estas doenças.

As áreas de intervenção da APCL são o apoio à investigação científica na área hemato-oncológica em Portugal, o reforço da literacia em saúde e o apoio psicológico e social a quem está com doença, seus familiares e cuidadores.

As atividades da APCL envolvem maioritariamente profissionais de saúde da área e associados sobreviventes. Isto permite-nos uma grande aproximação às necessidades reais daqueles que nos procuram.

Em maio de 2023, a APCL inaugurou a Casa Porto Seguro, a primeira casa de acolhimento para doentes hemato-oncológicos e seus familiares em Lisboa, e, em 2024, organizou a I conferência internacional sobre novas terapias celulares, dirigida exclusivamente a profissionais da área da hematologia e com palestrantes de vários países.

Última Atualização 10 setembro, 2025

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