Fogo bacteriano: uma ameaça visível aos pomares do Oeste

A Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM), com o apoio da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e dos Municípios da região, lançou uma campanha de sensibilização sobre o fogo bacteriano, uma doença grave conhecida pelo seu elevado potencial destrutivo. Afetando principalmente pereiras, macieiras, marmeleiros e algumas plantas ornamentais da família das rosáceas, o fogo batceriano pode levar a perdas económicas substanciais e até mesmo à destruição total de pomares.
Os sintomas caraterísticos da infeção incluem:
- Flores e frutos jovens: murcham e secam, ficando escurecidos, mas permanecem presos à planta.
- Frutos desenvolvidos: desidratam e podem apresentar um exsudado bacteriano.
- Folhas: desenvolvem manchas castanhas a negras nas margens e na nervura central.
- Ramos e rebentos jovens: secam e encurvam-se, formando uma aparência de “cajado de pastor”.
- Troncos: podem desenvolver cancros em depressão com fendas na casca.
Estes sinais conferem às árvores uma aparência de queimado, daí o nome “fogo bacteriano”.
Objetivos da campanha: proteger a produção frutícola
A campanha tem como metas principais:
- Informar a população e os agentes do setor agrícola sobre os sintomas da doença.
- Promover a deteção precoce e o reporte imediato de casos suspeitos.
- Conter a disseminação da bactéria para proteger a produção frutícola da região.
A colaboração de todos é essencial. Qualquer cidadão que detete ou suspeite da presença do fogo bacteriano em fruteiras ou plantas ornamentais da família das rosáceas deve comunicar imediatamente a situação. Os canais para reporte incluem os Serviços Regionais de Inspeção Fitossanitária, as organizações de produtores ou as respetivas juntas de freguesia. Estes organismos garantem o reporte às autoridades competentes para uma intervenção rápida.
Esteja atento, a sua ajuda é fundamental na deteção da doença e proteção dos nossos pomares!