A União Europeia deu um passo importante para garantir um maior equilíbrio de género nos conselhos de administração das empresas. No final de 2024, entrou em vigor a Diretiva sobre Equilíbrio de Género nos Conselhos de Administração, que visa assegurar que as grandes empresas cotadas tenham uma maior representatividade feminina e de outros géneros nos seus conselhos.
O que muda com a nova diretiva?
A diretiva estabelece metas claras para as empresas cotadas nos Estados-Membros da União Europeia. As grandes empresas devem garantir que, até 30 de junho de 2026:
Atualmente, a média de mulheres nos conselhos de administração das empresas da UE é de 34%. Apesar do progresso desde 2010, a representatividade feminina ainda varia consideravelmente entre os países. Por exemplo, em 2024, as mulheres representavam 39,6% nos conselhos de empresas em países com quotas de género vinculativas, enquanto em países sem políticas efetivas esse número era apenas 17%.
Como as empresas devem adaptar-se?
A Diretiva estabelece várias medidas obrigatórias para garantir a transparência e a equidade no processo de nomeação dos administradores:
A realidade no Oeste
No contexto da região Oeste, a representatividade de género nas estruturas de direção também tem evoluído, embora com desafios. Segundo dados do Observatório Oeste + Igual, desenvolvido no âmbito do Projeto Oeste + Igual, a situação nos 12 Municípios da região Oeste apresenta os seguintes números:
Estes dados, recolhidos pela OesteCIM e pelos municípios da região, revelam uma maior presença masculina nas funções de liderança, um reflexo das desigualdades ainda existentes, mesmo em contextos regionais onde o equilíbrio de género é promovido.
O que acontece agora?
Os Estados-Membros da UE tinham até 28 de dezembro de 2024 para transpor as novas regras para as legislações nacionais. Agora, a Comissão Europeia verificará a transposição da diretiva para a legislação de cada país. Caso algum país não cumpra a transposição corretamente, poderão ser aplicadas sanções.
A Comissão continuará a apoiar os Estados-Membros durante este processo, com workshops e consultas bilaterais, para garantir que as metas sejam alcançadas de forma eficaz e justa.
Com esta mudança, a União Europeia dá um passo importante para promover a igualdade de género nas empresas e garantir que os conselhos de administração sejam mais representativos e diversificados.