Famílias em situação precária com resposta garantida para animais de companhia
O Município de Alenquer e a Animalife - Associação de Sensibilização e Apoio Social e Ambiental assinaram um protocolo de colaboração que visa apoiar famílias em situação de vulnerabilidade económica e que habitam com animais de companhia.
O objetivo do programa rubricado com a associação fundada em 2011 é assegurar o bem-estar de cães e gatos, salvaguardando a saúde pública e coesão familiar no concelho, ajudando a prevenir um eventual abandono animal. As famílias em situação de carência sinalizadas pela Divisão de Ação Social e Saúde passam agora ser auscultadas pela Animalife com o intuito de proceder ao levantamento das necessidades a prestar aos animais de companhia, da alimentação aos cuidados médicos-veterinários básicos. A cooperação que irá vigorar durante 12 meses a partir de 1 de janeiro de 2026 ajudará a garantir o acompanhamento contínuo das medidas e dos processos e reduzirá riscos associados a animais inseridos em contextos precários.
Pedro Folgado, Presidente do Município de Alenquer, exaltou o firmar desta colaboração que acredita que será longa. "Este protocolo conjuga a questão animal e a questão social. Não podemos dissociar uma coisa da outra e podermos trabalhar as duas dimensões parece-me muito interessante. É uma parceria que beneficiará não só pessoas como animais. O Município sempre demonstrou preocupações nesta área e por vezes não temos capacidade de resposta, contando com a ajuda da sociedade civil", disse, descrevendo o trabalho construído ao longo dos últimos meses.
O vereador com o pelouro do bem-estar animal e da ação social, Paulo Franco, relevou o trabalho feito que permitiu congregar esforços, reforçando que se trata de "uma oportunidade muito importante de que os munícipes passam a dispor". "Esta colaboração permitir-nos-á a ajudar a determinadas pessoas em situação de precariedade, com o bem-estar animal salvaguardado", frisou.
Pela Animalife, Rodrigo Livreiro garantiu que a colaboração visa que "as famílias possam permanecer com os seus animais". "O que sentimos é que por vezes a ação social não está dotada de conhecimento que permita acompanhar a família como um todo. Em Alenquer já existiam espaços que permitiam a articulação entre a ação social e a veterinária, mas há agregados familiares que precisam de outro tipo de acompanhamento e cuidados. Vamos conseguir criar uma resposta em conjunto adequada a famílias que têm animais em companhia", referiu o presidente da entidade que se dedica a envolver e sensibilizar a comunidade para os problemas do abandono e maus-tratos a animais.