“Esperamos receber 20 mil pessoas. Só ficamos atrás do Estoril Open”

Vem aí a 6.ª edição do Caldas da Rainha Ladies Open – Oeste Portugal e com várias novidades relativamente à dimensão e notoriedade do evento. Em apenas seis anos, a organização considera que colocou o torneio no mapa nacional e internacional da modalidade e a concentração no setor feminino é uma ideia que veio para ficar: “Não queremos rivalizar com outras iniciativas dentro da modalidade no sector masculino. Por isso faz sentido manter o foco e a afirmação do Oeste como a casa do ténis feminino, a nível internacional.”
- A tal amena conversa no café Pituca ainda traz boas memórias (a propósito da criação deste torneio)?
- Claro que sim. Somos pessoas diferentes, com competências muito diversas, mas que em conjunto permite a criação de uma estrutura muito sólida de promoção de um grande evento como o Full Protein Caldas da Rainha Ladies Open. A manutenção da equipa ao longo de todos estes anos prova a capacidade de interação e de luta contra as adversidades. As memórias do primeiro dia, a tal conversa à volta de um café, prova-se que é possível sonhar com um projeto a longo prazo e que só com foco nos objetivos atingimos os propósitos a que nos propomos
- Que novidades podemos esperar para este ano, relativamente às cinco edições anteriores?
- A grande novidade é a passagem do circuito ITF para o circuito da WTA. O que acarreta um caderno de encargos muito expressivo, mas que garante uma visibilidade mundial muito mais significativa. Na semana do torneio, 14 a 21 de setembro, só há uma outra prova no circuito mundial de Ténis feminino em piso rápido e tem lugar na Coreia do Sul. Este ano temos parcerias de comunicação muito mais fortes e com expressão nacional e internacional e que juntam a RTP, a RFM, os jornais Correio da Manhã e Record, a rede de Mupis e outdoors da Girodmedias e o canal internacional da WTA (que chega a mais de 90 milhões de pessoas em todo o mundo).
- Notam um crescimento do torneio, a vários níveis, de edição para edição? Em caso afirmativo, assente em que números?
- Somos hoje o torneio de ténis feminino com mais público em Portugal e e só ficamos atrás do Estoril Open, a nível nacional. Esperamos receber 20 mil pessoas em 2025, num crescimento de médio de 20% de público/ano.
- Reforçar o posicionamento do CRLO no circuito ITF na Europa é o vosso principal objetivo ou ambicionam algo mais?
- Em 2024, o torneio foi considerado pela ITF como um dos melhores eventos ITF 100 do circuito mundial (topo do circuito ITF) e aparece por 3 vezes no vídeo de apresentação da ITF para 2025. Hoje estamos na categoria 125 da WTA. Pensamos que há espaço para haver um WTA 250 em Portugal, à semelhança do que existe na vertente masculina. É esse o nosso objetivo depois de nos adaptarmos à nova realidade da WTA
- Para quem está menos identificado com o ténis, como classificaria este torneio, a sua envolvência e importância no ecossistema da modalidade?
- É fundamental haver competições deste nível em Portugal. Só assim as jogadoras portuguesas têm condições de ganhar espaço a nível internacional. A nossa evolução confirma essa tendência de crescimento do ténis feminino em Portugal
- Continua a fazer todo o sentido apostar apenas num torneio feminino?
- Queremos ser o melhor torneio de Portugal e um dos melhores da Europa. Queremos ser diferenciadores em algo que não existe. Não queremos rivalizar com outras iniciativas dentro da modalidade no sector masculino. Por isso faz sentido manter o foco e a afirmação do Oeste como a casa do ténis feminino, a nível internacional.
O nosso contributo passa por levar o ténis às escolas, trazer os alunos ao evento, envolver a comunidade local na produção do torneio (como estágio)
- Quantas tenistas e nacionalidades estarão envolvidas no torneio?
- Pelo menos teremos 25 nacionalidades no torneio em 2025.
- Quais são as principais expectativas para a edição de 2025?
- Conseguirmos aumento de público, melhoria do espetáculo de ténis, conseguirmos atrair melhores jogadoras internacionais e conseguirmos apresentar um espaço digno no Complexo Municipal de Ténis de Caldas da Rainha que receba esta elite do ténis mundial.
- No ano passado afirmavam que queriam consolidar o CRLO como o melhor evento do ténis feminino em Portugal. É já um facto consumado?
- Sem sombra de dúvidas, como confirma a ITF nos seus relatórios e como está registado em imagens que viajaram pelo mundo com muito publico, figuras públicas, presença de personalidades politicas e representantes do Governo português.
- O que seria necessário para haver mais tenistas, femininos ou masculinos, no top 100 ATP/WTA?
- Investimento na formação e no acompanhamento técnico e financeiro dos jogadores/as para participação em provas em todo o mundo. O nosso contributo passa por levar o ténis às escolas, trazer os alunos ao evento, envolver a comunidade local na produção do torneio (como estágio) e trabalhar a promoção do ténis ao longo de todo o ano.
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