Inovação, tecnologia e coesão territorial: arrancou o Portugal Smart Cities Summit
Comunidade Intermunicipal do Oeste marca presença na sessão de abertura do evento que decorre até 5 de julho, na FIL
Realizou-se esta quarta-feira, 3 de julho, no Grande Auditório da FIL (Pavilhão 3), a sessão de abertura do Portugal Smart Cities Summit 2025, o principal evento nacional dedicado ao debate sobre o futuro das cidades inteligentes. A iniciativa reuniu representantes institucionais, autarcas, técnicos e especialistas num momento de reflexão sobre os desafios e oportunidades que as tecnologias, a inovação e a sustentabilidade trazem à gestão urbana.
A sessão de abertura contou com a participação de António Ramalho, Presidente da Comissão Executiva da Lisboa – Feiras, Congressos e Eventos (FCE), Nuno Lacasta, Presidente do Conselho Estratégico do Portugal Smart Cities, Joana Castro e Almeida, Vereadora do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa (em representação do Presidente da Câmara), e Pedro Folgado, em representação da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Nuno Lacasta destacou que o evento vive uma fase de transição, estruturado em torno de quatro dimensões interligadas — Connect, Move, Living e Eco. Enfatizou a necessidade de preparar as cidades para os desafios que resultam da crescente urbanização e da pressão demográfica, com especial atenção às zonas costeiras, à habitação e à mobilidade. Sublinhou ainda o papel transformador da Inteligência Artificial nos sistemas de decisão e na gestão de áreas críticas como a água, resíduos e energia: “Estamos apenas a começar a explorar o potencial da IA – e já é profundamente disruptiva.”
Na qualidade de cidade convidada da edição de 2025, Lisboa esteve representada por Joana Castro e Almeida, que apresentou a visão da capital para um futuro mais eficiente, humano e digital. “Queremos uma cidade curiosa e organizada, que compreende em tempo real o que se passa nas ruas e transforma dados em decisões informadas”, afirmou. Entre as medidas em destaque estão o desenvolvimento de um data hub, dashboards operacionais, e o novo Centro Operacional Integrado, que funcionará como o “cérebro da cidade” para gerir situações de emergência, eventos e o dia a dia urbano.
Pedro Folgado, em representação da Associação Nacional de Municípios Portugueses, destacou a importância da tecnologia como aliada da gestão pública e promotora de maior proximidade com os cidadãos. “Ferramentas como os chatbots permitem automatizar respostas, simplificar processos e libertar recursos humanos para tarefas de maior valor”, afirmou. Sublinhou ainda que a inovação nas autarquias é já uma realidade e não uma visão futurista: “O futuro constrói-se com tecnologia, sim — mas sobretudo com visão, coragem e cooperação.”
O evento foi aberto por António Ramalho, Presidente da Comissão Executiva da Lisboa FCE, que sublinhou o crescimento e a importância estratégica do Portugal Smart Cities Summit como ponto de encontro entre municípios, empresas, universidades e cidadãos.
O Portugal Smart Cities Summit decorre até sexta-feira, 5 de julho, no Pavilhão 3 da FIL, com dezenas de conferências, demonstrações tecnológicas e momentos de networking. A Comunidade Intermunicipal do Oeste participa no evento pelo sétimo ano consecutivo, reforçando o seu compromisso com o desenvolvimento de territórios mais inteligentes, sustentáveis e centrados nas pessoas.
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