Oeste e Vale do Tejo iniciam novo ciclo de desenvolvimento com assinatura de acordo estratégico

Decorreu ontem, 10 de abril, na sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste, a cerimónia de assinatura do Acordo de Intervenção Integrada de Base Territorial do Oeste e Vale do Tejo (IIBT-OVT), um marco para a colaboração entre os territórios do Oeste, Lezíria do Tejo e Médio Tejo. A assinatura formalizou a união estratégica das Comunidades Intermunicipais (CIM) da região, com o objetivo de promover um desenvolvimento mais coeso, sustentável e inovador.
Na cerimónia, Pedro Folgado, Presidente da CIM Oeste, destacou a importância da cooperação para enfrentar os desafios do futuro: “É na união e na cooperação que reside a verdadeira força transformadora desta nova região administrativa. Uma visão partilhada, uma vontade comum e um início de um novo ciclo de desenvolvimento para o Oeste e Vale do Tejo.” “Temos em mãos a responsabilidade de dar apoio a este plano de ação, com ambição, com responsabilidade e acima de tudo com um olhar atento às reais necessidades das pessoas que são o centro das políticas públicas.”
Manuel Jorge Valamatos, Presidente da CIM do Médio Tejo, reforçou a ideia de que a união entre os territórios é essencial para promover a região: “Hoje estamos a afirmar ações concretas para promover e desenvolver esta nossa região, em diferentes domínios: no ambiente, na economia, no mundo digital, mas também na promoção desta nossa região.”
Pedro Ribeiro, Presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Lezíria do Tejo, realçou a necessidade de garantir que os planos sejam efetivamente executados. "Isto tem de representar coisas concretas que impactam na vida das pessoas, e isso é aquilo que mais me preocupa”, afirmou, acrescentando: “Esta nova NUTII tem de ter a capacidade de decisão e, futuramente, a capacidade para executar. Não é possível fazer planeamento sem dinheiro e ter dinheiro e não ter planeamento também não serve de nada.” A sua expectativa é clara: “Espero que este seja o primeiro passo daquele que há de ser um caminho que no futuro resolve os problemas às pessoas.”
A cerimónia contou ainda com as intervenções de António Ceia da Silva, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, e Isabel Damasceno, da CCDR Centro, que elogiaram o esforço conjunto das três CIMs e destacaram a importância da colaboração inter-regional para o futuro da região.
António Ceia da Silva, da CCDR Alentejo, salientou que “a nível europeu não existem muitas intervenções territoriais integradas que juntem NUTS diferentes”, considerando o IIBT-OVT um instrumento que deve ser usado “para aproximar os territórios, para os distinguir e reforçar aquilo em que são mais relevantes.” Sublinhou ainda: “Todos nós queremos que os nossos filhos e os nossos netos regressem para as nossas terras. Eles hoje têm condições para isso através do teletrabalho, mas só o podem fazer se tiverem regiões digitalizadas, com velocidade 5G forte. A aposta na digitalização deve ser uma aposta desta ITI.”
Isabel Damasceno, Presidente da CCDR Centro, destacou o esforço conjunto das três Comunidades Intermunicipais: “Foi um trabalho desenvolvido com dificuldade, porque foram três comunidades intermunicipais a pensar da mesma maneira e com objetivos claros do que querem fazer. Porque é importante planear com clareza, para que depois esse planeamento seja transformado em ações e em obras concretas.”
Teresa Mourão de Almeida, Presidente da CCDR Lisboa e Vale do Tejo, destacou a complexidade e o mérito do trabalho conjunto, sublinhando a mais-valia de contar, no seu território, com a presença das CCDR do Alentejo e do Centro, entidades parceiras que têm colaborado com grande dedicação no impulso de uma região que tem registado um progresso exemplar no contexto nacional. Referiu ainda os desafios de gestão associados a um território que atualmente integra três NUTS II, o que lhe confere uma complexidade acrescida.
O Plano de Ação da IIBT-OVT é estruturado em torno de cinco agendas estratégicas interligadas, que visam promover a inovação, a excelência ambiental, a digitalização, a capacitação e a coesão social na região:
- Uma região inovadora e competitiva
- Uma região de excelência ambiental e patrimonial
- Uma região digital e de inteligência territorial
- Uma região de talento e capacitada
- Uma região coesa e conectada
Este acordo marca o início de um novo ciclo para o Oeste e Vale do Tejo, um território com grandes desafios, mas também com uma enorme capacidade de transformação. O trabalho conjunto das CIMs e das CCDR é fundamental para criar as condições necessárias para o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região, colocando as pessoas no centro das políticas públicas.
O objetivo é claro: construir uma região mais forte, com uma economia diversificada, melhor qualidade de vida para as suas populações e um futuro mais digital e inovador.