Do Oeste a Lisboa: como Alda Lemos poupa 400€ por ano

Há mais de dez anos que Alda Lemos se desloca para Lisboa de autocarro e conta-nos como o projeto Oeste + Recicla a ajudou a poupar cerca de 400 euros anuais no passe através da colocação de embalagens para reciclagem nas máquinas instaladas nos terminais. Com a recente criação do Passe M vai conseguir economizar ainda mais, medida que agradece como utente, mas também como alguém que se preocupa com a sustentabilidade. Espera apenas que aumente a oferta. Mas já tem planos, por exemplo, para a mobilidade gratuita dentro do Oeste: ir à Foz do Arelho no Verão.
Pode contar-nos um pouco sobre a sua experiência como utilizadora do transporte público entre o Oeste e Lisboa? Como era antes e como é agora?
Utilizo a rápida para Lisboa desde 2014, todos os dias durante a semana. Costumo apanhar o autocarro entre as 06h30 e as 07h20 e regresso entre as 17h00 e as 19h00, conforme o dia. Houve uma altura em que, nesses horários, as rápidas passavam de 10 em 10 minutos. No entanto, atualmente, em certos horários, os autocarros estão cheios e, muitas vezes, não entram todos os passageiros em Óbidos. No regresso, por vezes, mesmo 10 minutos antes da hora de partida, já não há lugares disponíveis, especialmente durante a época escolar.
Desde que começou a participar no projeto Oeste + Recicla, já conseguiu poupar significativamente no custo do passe? Tem ideia de quanto já economizou?
Comecei a participar no projeto Oeste + Recicla desde o início e, atualmente, consigo economizar cerca de 400€ por ano.
Qual é a sua rotina relativamente ao depósito de embalagens nas máquinas do Oeste + Recicla? Quantas vezes por mês?
Vou várias vezes por mês depositar garrafas na máquina, geralmente quando junto dois ou três sacos.
O novo Passe M veio trazer ainda mais vantagens para os utilizadores. De que forma esta iniciativa impactou o seu dia a dia e o orçamento da sua família?
A redução do passe para 40€ é uma medida extraordinária, pois permite-me gastar muito menos no passe. Quanto ao passe gratuito, pretendo utilizá-lo no verão para ir até à Foz do Arelho, tanto para poupar combustível como para contribuir para a sustentabilidade. No entanto, dependerá muito dos horários, que, atualmente, são muito pouco atrativos.
Já notou uma diferença no número de pessoas a usar o transporte público desde que os descontos começaram a ser aplicados?
Nota-se um aumento no número de utilizadores, especialmente durante a época escolar.
Como avalia a importância da OesteCIM e dos municípios do Oeste na promoção de uma mobilidade mais sustentável?
Muito positivo e digno de enaltecer. Penso que este projeto é único em Portugal, pois só conheço iniciativas semelhantes noutros países da Europa. Quanto mais pessoas utilizarem os transportes públicos, menores serão as emissões de CO2. Além disso, esta iniciativa incentiva a efetiva reciclagem de plástico, que muitas vezes não é encaminhado para o destino correto.
Que mensagem gostaria de deixar a outras pessoas que ainda não aderiram a estas iniciativas? Vale a pena participar?
Tenho transmitido sempre esta mensagem a quem conheço e utiliza estes serviços. Ao aderirmos, não só contribuímos para um planeta mais sustentável, como também ajudamos o nosso orçamento familiar. Obrigado, OesteCIM, por estas iniciativas!
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